História do CCD

Quatro fases fulcrais resumem a nossa história…o nosso orgulho…

Os primeiros passos entre os anos 1968 e 1974. É a fase da organização do Centro encontrando sede e instalações próprias, admitindo associados, realizando as primeiras atividades.

A segunda fase do 25 de Abril de 74 até ao final dos anos 80, em que se reorganiza a Instituição, legalizando-a como Associação, consolidando práticas e conseguindo o direito da superfície das instalações.

Dos anos 90 até hoje, em que o CCD PORTO cresce de forma sustentada, melhorando sistematicamente os seus equipamentos, lançando novas atividades e projetos.

Em 2018 a nossa organização comemorou meio século de existência, reafirmando a sua importância para a cidade do Porte e Norte do país.

 
Foto grupo 1977

1968-1972

A primeira situação entre os anos 1968 e 1972, quando ainda se definem os objetivos e as intenções do Centro, passando pelo processo de legalização de uma associação de cariz social sem fins lucrativos.

Um centro de convívio que permitisse aos trabalhadores de Câmara Municipal do Porto ocupar os seus tempos livres, mas ao mesmo tempo que também lhes facultasse alguns subsídios.

Só em 24 de novembro de 1971, era reconhecido oficialmente pela Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho, FNAT, o Centro de Alegria no Trabalho do Pessoal da Câmara Municipal do Porto, CAT nº 842, como viria a ser registado por alvará.

O CAT cresceu e desenvolveu-se, sempre assente nas diretrizes convenientes ao “Antigo Regime” e estipuladas, por decreto governamental, na constituição da antiga FNAT, uma organização corporativa da nação, dotada de personalidade jurídica e autonomia administrativa, criada por António de Oliveira Salazar, em 13 de junho de 1935.

O objetivo assentava no “aproveitamento do tempo livre dos trabalhadores, no sentido de auxiliar o seu desenvolvimento moral, intelectual e físico”, proporcionando-lhes “bem-estar e recreação”.

 

1976-1989

A segunda situação, entre 1976 e 1989, com a implantação da democracia no país, a vida do CCD começou a “rolar”. À frente dos destinos da Câmara Municipal do Porto encontrava-se Aureliano Veloso (1976-1979) mas, durante esses três anos o CCD pouco ou nada evoluiu, a não ser a delineação de uma estratégia para o futuro.

Retificou-se o Regulamento CAT, apostou-se na atribuição de subsídios aos sócios, criaram-se e acabaram-se com as secções, efetuaram-se festas de Natal e magustos, projetaram-se obras para o espaço envolvente.

Alfredo Magalhães assume o cargo de presidente da autarquia do Porto de 1979 a 1982. O rumo do CCD não sofreu grandes alterações. Algumas obras foram começadas, a biblioteca tornou a ser discutida, outras atividades surgiram, discutiam-se os estatutos e pouco mais.

Paulo Vallada tornou-se Presidente em 1982 ficando até 1985, assiste-se à primeira mudança, não formal, na designação de CAT, que passa a adotar o nome de CCD, Centro Cultural e Desportivo.

A atividade do CCD manteve-se estável, mas as direcções do centro mostraram-se renitentes em relação à ampliação das obras, como as do campo de futebol. No entanto já era possível assistir a uma mudança da mentalidade dos dirigentes, que discutiam o facto do CCD, não poder viver à custa de peditórios de subsídios pensando em torna-lo rentável, legal, abrindo ao exterior.

Fernando Cabral é eleito presidente da autarquia portuense em 1985, ocupando o lugar até 1989. É a partir destes anos que se começa a verificar uma alteração, para melhor no CCD, nomeadamente em termos de apoio social.

O Centro acaba por se registar oficialmente em 1988 como CCD da CMP, Centro Cultural e Desportivo da Câmara Municipal do Porto.

No ano seguinte, 1989, por obrigação legislativa o CCD tem de se registar com a designação de CCDTCMP, Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal do Porto. As finalidades do CCD passam a ser bastante distantes das que estavam previstas no Regulamento de 1979.O seu objetivo prende-se com “o exercício sem fins lucrativos” de três atividades fundamentais. “Interessar e incentivar os seus associados efetivos na prática do desporto amador e da educação física”, “difundir a cultura entre os seus associados efetivos, através de conferências, colóquios, cursos de formação, edição de publicações, promoção de passeios e excursões de índole cultural e recreativa e de outras iniciativas de mesma natureza”, e “prestar apoio socio-económico aos seus associados efectivos, através de prestações pecuniárias, subsídios e compartições complementares das concedidas pela ADSE”.

O campo de futebol é alargado e utilizado pelas camadas jovens do Salgueiros, criaram-se novas e variadas atividades, atribuíram-se diferentes subsídios aos sócios, obras maiores surgem no espaço, pretende-se criar um infantário e ATL, um bar, um ringue. A primeira escritura com os primeiros Estatutos do CCD é finalmente registada, tornando o centro legal e oficial.

 

1989-2000

No período de 1989 a 1999 o CCD dá o salto que faltava com o presidente da Câmara Municipal do Porto, Fernando Gomes (1989/1993/1997).

Pela primeira vez o centro pode dizer que está situado em terrenos próprios, ao assinar com a autarquia, um acordo que lhe dá direito de superfície dos terrenos onde se encontra pelo prazo de 80 anos, tal como os bens imobiliários que aí se encontram.

O contrato é assinado em 1990 e o CCD começa, então, a sua maior viragem. Constrói novas infra-estruturas, como os como os campos de ténis, ou o pavilhão gimnodesportivo, abre um infantário e um ATL, aposta em atividades desportivas como KungFu, Karaté, Ballet, Aeróbica, Ténis, Mergulho, dinamiza torneios de futebol, ilumina o campo de pelado, aluga as salas do edifício principal a formação anual, cria a escola Hernâni Gonçalves e a biblioteca.

No ano 2000, após uma ação morosa iniciada em 1998, o CCD recebe o reconhecimento oficial como Instituição Coletiva de Utilidade Pública, com a receção de um diploma proveniente da Presidência do Concelho de Ministros tornando-se assim num dos CCD mais reconhecidos e conceituados do país.